domingo, 29 de junho de 2014

Refletindo sobre o Atendimento Educacional Especializado – “modelos” a seguir?

Anice Bezerra


A partir da leitura do texto “O modelo dos modelos” percebemos que assim como “a regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando” e como diz um trecho das orientações das atividades de AEE - Metodologia da pesquisa Tiveram aqueles que precisaram atravessar a fronteira das próprias ideias cristalizadas e encontrar espaço para uma nova forma de pensar. Dando um novo olhar para antigas situações.” Nós professores de AEE devemos refletir sobre nossas ações nas escolas de hoje, estudar, pesquisar, exercer nossas atribuições conforme orientam os marcos legais e assim procurar contribuir com um novo modo de olhar e com mudanças de atitudes favorecendo a inclusão escolar, uma Escola para Todos, com respeito e valorização de todos os alunos.
Assim como o Sr. Palomar nos deparamos “face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável”, precisamos reformular os “sins”, os “nãos”, os “mas”, pois a Educação Especial também passou por transformações.
Um fato significativo dessa mudança ocorreu no ano de 2008 com a aprovação da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, dando um novo rumo para a Educação Especial. Desse documento destacamos a nova conceituação atribuída à Educação Especial, a indicação de seu público de atendimento e a forma de atuação:
                                      A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (...) A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais. (Brasil, 2010)

Esse aparato legal serve de norte para as escolas, mas para que o sistema educacional se torne inclusivo, no contexto das escolas, acreditamos na necessidade de um trabalho focado na individualidade de cada sujeito, na abertura para o novo, para o respeito às diferenças.
Assim, cabe ao professor do AEE analisar atentamente o aluno e seu entorno, compreendendo-o como um sujeito de possibilidades, respeitando o seu ritmo e tempo para além de um “modelo” único, identificando as barreiras enfrentadas por ele, e buscando oportunizar ao educando, recursos que possam favorecer seu desenvolvimento e sua inclusão na escola comum em parceria com os demais educadores e funcionários da escola, com a família e parceiros fora da escola.

Ana Maria Camargo, Rita Vieira de Figueiredo, Robéria Vieira Barreto Gomes. AEE – Metodologia da Pesquisa

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos Políticos-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2010.

Italo Calvino. “O modelo dos modelos”

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